Passo de Gigante

Faz de conta...









terça-feira, 31 de agosto de 2010

Árvore

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Forte Atkinson, Iowa

Pessoal...  eis algumas fotos de um forte que faz parte da história dos EUA. Importante base estratégica na região central para a expansão norte-americano para o oeste e "contato" com as populações nativas lá residentes.










sábado, 14 de agosto de 2010

Sobre a natureza, devemos admirar e pensar sobre...

A investigação da natureza forneceu alguns mártires, levados à fogueira ou aos cárceres da Inquisição, vale lembrar que os protestantes também participaram dessa perseguição, Calvino mandou queimar Miguel Servet, quando este estava prestes a descobrir a circulação de sangue, determinando que fosse assado lentamente.


Mas o que, realmente, caracteriza esse período é a elaboração de uma peculiar concepção de conjunto, cujo o centro é constituído pela noção de invariabilidade absoluta da natureza. Fosse qual fosse o modo pelo qual a natureza tivesse chegado a existir, uma vez passando a existir devia permanecer tal como era, enquanto existisse. Os planetas e seus satélites, uma vez postos em movimento, pelo misterioso impulso primeiro, deviam continuar girando e girando, segundo as elipses estabelecidas, por toda a eternidade ou, pelo menos, até o fim de todas as coisas. As estrelas permaneceriam fixas e imóveis em seus lugares, sustentando-se nos mesmos graças à gravitação universal. A Terra havia sido a mesma, desde sempre ou desde o dia de sua criação, segundo se preferisse acreditar. Os atuais cinco continentes haviam sempre existido e haviam tido sempre as mesmas montanhas, vales e rios, o mesmo clima, a mesma flora e fauna, a menos que tivessem sido modificados pela mão humana ou pelo transplante. As espécies de plantas e de animais haviam sido fixadas para sempre, desde suas origens. Cada espécie gerava sempre outra igual e já era avançar muito o fato de Lineu admitir que aqui ou acolá poderiam talvez surgir novas espécies em conseqüência de cruzamentos. Em contraste com a historia da humanidade, que se desenvolve no tempo, prescreveu-se à história natural um desenvolvimento apenas no espaço. Negava-se toda a modificação, todo o desenvolvimento na natureza. A ciência natural, tão revolucionária a princípio, defrontou-se, de repente, com uma natureza absolutamente conservadora, em que tudo era hoje da mesma forma que havia sido a princípio e na qual tudo teria que permanecer tal como era, até o fim do mundo ou por toda a eternidade.


A primeira brecha nessa concepção petrificada da natureza foi aberta não por um naturalista, mas por um filósofo. Em 1755 apareceu a História Natural e Teoria Geral sobre o Céu, de Kant. A questão do primeiro impulso era por ele eliminada: a Terra, bem como todo o sistema solar, constituíam algo que se foi formando no transcurso do tempo. Se a Terra era algo que se tinha ido formando, então estava claro que seu atual estado biológico, geográfico e climático, suas plantas e animais deveriam também ter-se ido formando pouco a pouco.
 
 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Boa Prática

Compre alimentos frescos do local, do seu território. (Buy fresh, buy local)


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cartas a um jovem poeta

"PRIMEIRA CARTA"

" Paris, 17 de Fevereiro de 1903

Prezadíssimo Senhor,

Sua carta alcançou-me apenas há poucos dias. Quero agradecer-lhe a grande e amável confiança. Pouco mais posso fazer. Não posso entrar em considerações acerca da feição de seus versos, pois sou alheio a toda e qualquer intenção crítica. Não há nada menos apropriado para tocar numa obra de arte do que palavras de crítica, que sempre resultam em mal entendidos mais ou menos felizes. As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizíveis quanto se nos pretenderia fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nenhuma palavra nunca pisou. Menos suscetíveis de expressão do que qualquer outra coisa são as obras de arte, - seres misteriosos cuja vida perdura, ao lado da nossa, efêmera.

Depois de feito este reparo, dir-lhe-ei ainda que seus versos não possuem feição própria somente acenos discretos e velados de personalidade. É o que sinto com maior clareza no último poema, "Minha Alma". Aí, algo de peculiar procura expressão e forma. No belo poema "A Leopardi" talvez uma espécie de parentesco com esse grande solitário esteja apontando. No entanto, as poesias nada têm ainda de próprio e de independente, nem mesmo a última, nem mesmo a dirigida a Leopardi. Sua amável carta que as acompanha não deixou de me explicar certa insuficiência que senti ao ler seus versos, sem que a pudesse definir explicitamente. Pergunta se os seus versos são bons. Pergunta-o a mim, depois de o ter perguntado a outras pessoas. Manda-os a periódicos, compara-os com outras poesias e inquieta-se quando suas tentativas são recusadas por um ou outro redator. Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo - peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite:"Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usuais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para se produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes. Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate tudo isso com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas de seu ambiente, as imagens de seus sonhos e os objetos de suas lembranças. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente. Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre sua infância, essa esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? Volte a atenção para ela. Procure soerguer as sensações submersas desse longínquo passado: sua personalidade há de reforçar-se, sua solidão há de alargar-se e transformar-se numa habitação entre lusco e fusco diante da qual o ruído dos outros passa longe, sem nela penetrar. Se depois desta volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por esses seus trabalhos, pois há de ver neles sua querida propriedade natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Neste caráter de origem está o seu critério, - o único existente. Também, meu prezado senhor, não lhe posso dar outro conselho fora deste: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é que encontrará a resposta à questão de saber se deve criar. Aceite-a tal como se lhe apresentar à primeira vista sem procurar interpretá-la. Talvez venha significar que o senhor é chamado a ser um artista. Nesse caso aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora. O criador, com efeito, deve ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si e nessa natureza a que se aliou.

Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o senhor de renunciar a se tornar poeta.

(Basta, como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo). Mesmo assim, o exame de consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.

Que mais lhe devo dizer? Parece-me que tudo foi acentuado segundo convinha. Afinal de contas, queria apenas sugerir-lhe que se deixasse chegar com discrição e gravidade ao termo de sua evolução. Nada a poderia perturbar mais do que olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas a que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa.

Foi com alegria que encontrei em sua carta o nome do professor Hoaracek; guardo por esse amável sábio uma grande estima e uma gratidão que desafia os anos. Fale-lhe, por favor, neste sentimento. É bondade dele lembrar-se ainda de mim; e eu sei apreciá-la.

Restituo-lhe ao mesmo tempo os versos que me veio confiar amigavelmente. Agradeço-lhe mais uma vez a grandeza e a cordialidade de sua confiança. Procurei por meio desta resposta sincera, feita o melhor que pude, tornar-me um pouco mais digno dela do que realmente sou, em minha qualidade de estranho.

Com todo o devotamento e toda a simpatia,

Rainer Maria Rilke"

Esta Primeira Carta do livro "Cartas a um jovem poeta", foi traduzida por Cecília Meireles, retirados da edição : "Cartas a um jovem poeta e Canção de Amor e morte do porta-estandarte Cristovão Rilke", Editora Globo, 1983.

domingo, 8 de agosto de 2010

Questões sobre o Aquecimento Global

MEIO AMBIENTE - “PROLEM SINE MATRE CREATAM” – (filho nascido sem mãe)

“Meditai, ó rei, sobre a grande verdade que os brâmanes prudentes tantas vezes repetem: Os homens mais avisados iludem-se, não só diante da aparência enganadora dos números, mas também com a falsa modéstia dos ambiciosos. Infeliz daquele que toma sobre os ombros o compromisso de honra por uma dívida cuja grandeza não pode avaliar com a tábua de cálculo de sua própria argúcia.” Presente no livro “Sobre a História do Xadrez” – não anotei o nome do escritor

“[...] o problema real não é a poluição, a escassez de recursos ou a superpopulação, mas a capacidade de um mundo dominado por imperativos capitalistas enfrentar tais questões.” Ralph Miliband

Acredito que o clima está mudando, se está aquecendo ou não ainda não tenho certeza. Mas devemos pensar em alguns elementos: o ser humano é tão poderoso ao ponto de ser responsável pela extinção da vida na terra? Será realmente necessária uma mensagem apocalíptica (do fim do mundo) para sermos responsáveis em nossas atividades econômicas e sociais?

São apenas algumas dúvidas para refletir sobre o que o senso comum reproduz, questionando um formato pós-moderno do antropocentrismo.

Universidade de Nebraska

Eis algumas fotos que tirei da Universidade de Nebraska-Lincoln também conhecida pela sigla UNL.Localizada no estado de Nebrasca, a instituição foi fundada em 1869.


São muitos anos de existência, contemplada com três prêmios Nobel (um de medicina e dois de química) a Universidade tem uma relação muito próxima entre a vida econômica do Estado, que é predominantemente agrícola.

Destaco nas fotos os alojamentos estudantis, tais como nos filmes norte-americanos (alfa, beta, delta...); o estádio de futebol da universidade com capacidade para 80mil pessoas; o refeitório (fast food universitário); e o campus. Tive a oportunidade de assistir uma luta de UFC entre brasileiros e norte-americanos num bar (como nossa paixão pelo futebol é mais interessante!!).

Eles têm de uma infraestura muito mais acolhedora para desenvolver o conhecimento, mas creio que com um pouco mais de investimento nós conseguiríamos passos tão grandes quanto os dados pelos USA...
 
 
 
 
 







sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Segurança Alimentar

Eis uma aula sobre como não pensar Segurança Alimentar.

Assisti algumas apresentações sobre Segurança Alimentar nos EUA e fui surpreendido com a diferença como esse tema está sendo trabalhado no Brasil e como é apropriado pelos norte-americanos. Tive a oportunidade de participar de exposições de uma secretária do governo Obama e de um ex-ministro do governo Bush (ambos do Ministério da Agricultura).

1º - Costumamos relacionar no Brasil a Produção/distribuição/consumo, enquanto nos EUA a segurança alimentar refere-se basicamente a uma resposta apocaliptica. "Em 2050 a população mundial dobrará, e devemos produzir quatro vezes mais com o mesmo espaço de terra".

2º - Foi muito interessante/revoltante assistir representantes da América Central colocando questões sobre a Segurança Alimentar de sua respectiva região... isso porque eles são dependentes da exportação de milho dos EUA... e como o milho está sendo usado para a produção de ethanol há a possibilidade real do milho que seria exportado para esses países ser utilizado dentro do próprio mercado interno norte americano, o que  já  está causando um aumentos nos preços na região...

3º - Outro ponto interessante foi ouvir o antigo ministro do Bush dizer que é contra subsídios agrícolas quando acabamos de visitar um pequeno agricultor norte-americano com uma estrutura agrícola subsidiada pelo governo...Ou seja, "faça o que falo, e não o que faço". Creio que a discussão de subsídios deve ser melhor debatido, pois ainda caímos numa visão maniqueísa: ou o subsídio é bom ou ruim.... por mais que pareça confuso, creio que o modelo norte-americano têm elementos positivos que podem ser reproduzidos pelo mundo...

4º quase a totalidade da produção nos EUA depende de sementes  alteradas geneticamente... que é relacionada à superação da fome mundial, para responder o aumento da população mundial projetada para 2050... segundo dados de órgãos internacionais a população mundial crescerá tanto que devemos duplicar a produção no mesmo espaço de terra para atender a demanda do novo mercado internacional...  hoje mesmo já produzimos além da necessidade de demanda do mercado, e temos um problema de distribuição.... e não adiantará aumentarmos a produção sem que seja repensada a própria distribuição...

5º Visitei também uma agroindústria local e eles acreditam que não importa como estão sendo feitos os alimentos ("isso não se refere a um problema de segurança alimentar'"), o que importa é o controle de qualidade da empresa para produzir alimentos de qualidade, "e alimentos de qualidade referem-se à segurança alimentar"...

domingo, 1 de agosto de 2010

Abaixo-assinado pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo


Pessoal...o Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão no Brasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.

A Constituição do Brasil afirma que toda propriedade rural deve cumprir função social. Portanto, não pode ser utilizada como instrumento de opressão ou submissão de qualquer pessoa. Porém, o que se vê pelo país, principalmente nas regiões de fronteira agrícola, são casos de fazendeiros que, em suas terras, reduzem trabalhadores à condição de escravos - crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Desde 1995, mais de 31 mil pessoas foram libertadas dessas condições pelo governo federal.

Privação de liberdade e usurpação da dignidade caracterizam a escravidão contemporânea. O escravagista é aquele que rouba a dignidade e a liberdade de pessoas. Escravidão é violação dos direitos humanos e deve ser tratada como tal. Se um proprietário de terra a utiliza como instrumento de opressão, deve perdê-la, sem direito a indenização.

Por isso, participo do movimento pela aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. A proposta passou pelo Senado Federal, em 2003, e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 2004. Desde então, está parada, aguardando votação.
É hora de abolir de vez essa vergonha. Neste ano em que a Lei Áurea faz 120 anos, os senhores congressistas podem tornar-se parte da história, garantindo dignidade ao trabalhador brasileiro.

Como queremos deixar registrados nossos nomes na história? Repetindo o passado ou superando-o?
http://www.trabalhoescravo.org.br/abaixo-assinado/