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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Memória - Geraldo Bezerra de Menezes



Confraternização Academica

         É bem uma quadra de verdadeiro Renascimento que óra oferece o Brasil. A mocidade estudiosa, promovendo, incentivada pelos innumeros Centros e Directórios das nossas escolas superiores, o intercambio e a approximação de seus representantes tem dado provas evidentes de sublimes aspirações baseadas todas, unicamente, no desejo de possuir uma pátria melhor, mais energica e capaz de maiores feitos.
            Iniciativas de tamanho vulto, que visam idéas tão bellas, traduzem o espirito de classe e merecem o apoio de todos nós, são dignas dos maiores louvores e dos mais sinceros applausos.
            E foi neste ambiente que há pouco recebemos as embaixadas gaúchas e pernambucanas chefiadas por eminentes mestres, as quaes, partindo de plagas distantes, aqui estiveram no desempenho de tão elevada e nobre missão. A mocidade brasileira, então representada por uma luzida pleiade de estudantes (1) tres Estados, numa eloquente manifestação de fraternidade e uma perfeita communhão de ideaes, augurava para o futuro das relações mais estreitas e solidas entre os seus componentes.
            Agora, são os academicos fluminenses que, em retribuição à visita dos dignos collegas, estão de malas promptas prestes a zarpar para Recife numa jornada de confraternização. A frente da comitiva, representando o corpo docente da Faculdade de Direito de Nictheroy, seguirão o jovem e brilhante professor dr. Telles Barbosa, cujos esforços, em pról dessa realização, têm sido incalculaveis e o dr. Oscar Przwodowski, tambem figura destacada da Congregação.
            Baseado nos principios de solidariedade e demonstrando mais uma vez o seu alto espirito de equidade, foi que o interventor do Estado do Rio de Janeiro, Comte. Ary Parreiras se promptificou a auxiliar tanto quanto possível aos jovens estudantes fluminenses na execução do magno emprehendimento.
            Visto como essa iniciativa ecoasse favoravelmente nos meios officiaes, cumpre continuar nessa obra de congraçamento universitario, preparando a juventude e estimulando-a nos estudos, para que as novas gerações se tornem condignos filhos da patria estremecida e mais tarde lhe saibam guiar os gloriosos destinos.
            Comprehenda, pois, a mocidade o alto alcance do papel que representa no Brasil.

Geraldo Bezerra de Menezes

Publicado em“O Estado”


Niterói, 6 de agosto de 1933

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